Perguntas frequentes

Hospital de Referência

Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre
Rua Prof. Annes Dias, 295
Fone: (51) 3214.8080
Fax: (51) 3214.858

Informações sobre Doença Renal Crônica

O que é Insuficiência Renal Crônica (IRC)?

É definida pelo dano renal por mais de 3 meses e/ou taxa de filtração glomerular inferior a 60ml/min. São indícios de dano renal: microalbuminúria, alterações patológicas à biópsia renal e alterações nos exames de imagem. É progressiva e irreversível.

O que é ocorre se não for tratada?

No início pode ser assintomática, mas com a progressão, o paciente apresentará náuseas, vômitos, falta de apetite, cansaço, fraqueza, coloração pálida da pele, hálito semelhante à urina, redução da diurese (quantidade de urina), risco aumentado de sangramentos, alterações cardíacas e do estado mental como modificação na personalidade, podendo evoluir até o coma e morte.

Quais as causas da DRC?

As principais causas são a hipertensão e o diabetes. Outras menos comuns, mas não menos importantes são a nefrite(inflamação dos glomérulos), litíase renal, pielonefrite crônica, doenças hereditárias como a doença renal policística, doenças sistêmicas como o lúpus, malformações congênitas, dislipidemia, entre outras.

Como fazer o diagnóstico clínico da IRC?

Além da história clínica e exame físico, é fundamental a realização de exames laboratoriais e de imagem. Os exames laboratoriais mais simples consistem na dosagem no sangue de substâncias eliminadas pelos rins e que encontram-se elevadas na DRC como a creatinina, uréia, eletrólitos, hemograma para avaliar a anemia, gasometria para avaliar a acidez no sangue, além de exames de urina. Outros mais sofisticados são usados na investigação de outras causas de DRC. O exame de imagem mais utilizado é a ecografia, que permite avaliar se as alterações nos rins são crônicas ou agudas.

Tratamento da Doença Renal Crônica?

Como a DRC é progressiva e irreversível, necessita de um diagnóstico precoce, principalmente naqueles pacientes sabidamente de risco, como diabéticos e hipertensos e exige um rigoroso acompanhamento com nefrologista. Em estágios iniciais, o tratamento é chamado de conservador, com exames e consultas periódicas, sendo fundamental o controle pressórico e glicêmico estrito, além de dieta orientada pelo nutricionista. Em seu estágio final, a terapia é denominada de substitutiva renal e consiste na diálise ou transplante renal. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e diálise peritoneal. Para a realização de hemodiálise é necessário um acesso vascular (catéter em uma veia calibrosa ou fístula artério-venosa), além de realização de sessões de duração média de quatro horas, trêz vezes por semana em clínicas, com supevisão de equipe médica e de enfermagem especializada. A diálise peritoneal é realizada em casa, e por isso necessita de um ambiente domiciliar adequado, além de treinamento de familiares e paciente. O catéter fica locado na região abdominal e não há contato com sangue. A indicação de um ou outro método depende da avaliação médica e decidida conjuntamente com o paciente e familiares.

Informações sobre Diálise e Hemodiálise

O que é Terapia Renal Substituva – Diálise?

É o tratamento que substitui a função dos rins, nos pacientes que apresentam falência da  função renal. Tem o objetivo de restabelecer o equilíbrio hidro-eletrolítico do paciente através da retirada de substancias tóxicas,  excesso de água e sais minerais do organismo e reduzir os sintomas tipo fraqueza falta de apetite, náuseas, vômitos, inchaços, palidez, falta de ar, anemia, e alterações sanguíneas como aumento de uréia, creatinina e outras substâncias.

Quais os tipos de Diálise?

Existem 2 tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.

O que é Hemodiálise?

É um tratamento que substitui a função renal através da passagem de sangue por um filtro (dialisador capilar), impulsionado por uma máquina.
A hemodiálise é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração de aproximadamente 3 a  4 horas,

O que é necessário para realizar hemodiálise?

– Via de acesso vascular;
– Máquinas de hemodiálise;
– Água tratada;
– Solução de diálise  – dialisato;
– Dialisador Capilar –  filtro;
– Anticoagulante – heparinização.

Quais são os tipos de acessos:

– Cateter Duplo Lúmem;
– Catéter Tipo Permicath;
– Fístula Arteriovenosa.

O que é Catéter de Duplo Lúmen?

É uma via de acesso temporária mais utilizada para hemodiálise. O cateter é implantado sob anestesia local nas veias de grande calibre como jugular, subclávia e femoral, com técnica asséptica por equipe treinada em hospital e é fixado por fios cirúrgicos.

O Catéter Tipo Permicath:

É um tipo de cateter é usado nos pacientes apresentam problemas vasculares e distúrbios de coagulação. O cateter é implantado cirurgicamente em veias de grande calibre como jugular, subclávia.

A Fístula Arteriovenosa:

Consiste em uma união cirúrgica e subcutânea de uma artéria com uma veia no braço. Geralmente é confeccionada no braço não-dominante, para não limitar as atividades do paciente.

O que são Máquinas de Hemodiálise?

As máquinas de hemodiálise consistem em um bomba de sangue, um sistema de fornecimento de solução dialítica e monitores de segurança do circuito extra corpóreo (controle da pressão arterial e venosa do sistema, detector de ar, detector de rompimento de fibras, bomba de heparia, controle de temperatura, controle de retirada de líquidos (ultrafiltração), tudo de forma computadorizada.

Porque água tratada para Hemodiálise?

Durante uma sessão de hemodiálise utilizamos aproximadamente 120 litros de água. As substancias presentes não água entram em contato direto com a corrente sanguínea do paciente, por isso, é muito importante que a qualidade e pureza da água para hemodiálise sejam controladas. A água deve seguir os critérios definidos por portarias governamentais.

O que é Solução de Diálise – Dialisato?

A composição da solução de diálise pode variar de acordo com circunstancias clínicas especiais, porem os componentes em comum das soluções são: potássio, sódio, cálcio, magnésio, cloro, acetato, bicarbonato, dextrose e dióxido de carbono. As concentrações deste componentes podem variar, mas normalmente esta solução tem a concentração semelhante ao plasma do individuo normal.

O que é Dialisador Capilar – Filtro?

Atualmente, o único tipo de dialisador utilizado é o  de fibra oca chamado capilar.
O sangue flui para dentro de uma câmera em uma extremidade do compartimento cilíndrico e entra em milhares de pequenos capilares firmemente agrupados em um feixe.

Uma vez tendo passado pelos capilares, o sangue é coletado em uma câmera na outra extremidade do compartimento cilíndrico e é então devolvido ao paciente já filtrado.

A solução de diálise entra no sentido oposto ao lado do sangue para maximizar a diferença de concentração dos catabólitos do sangue e o dialisato em todas as partes do dialisador.

A reutilização destes capilares pode reduzir o custo operacional das hemodiálises, permitindo que um maior número de pacientes se beneficie com este tratamento.

Além desta economia, a reutilização dos capilares é capaz de eliminar resíduos tóxicos da membrana do capilar novo e diminuir o risco da síndrome do primeiro uso, que pode se tornar bastante grave em alguns pacientes.
A reutilização é uma prática segura e autorizada pelo Ministério da Saúde, desde que sejam utilizados parâmetros de avaliação constante no dialisador capilar.

Porque usar Anticoagulante – Heparização?

Para que possamos realizar a circulação extra corpórea e  termos um fluxo de sangue constante durante toda a sessão de  hemodiálise, o sangue do paciente não pode coagular.
Para evitar a coagulação usamos a heparina. Desta maneira evitamos que o paciente perca grande quantidade de sangue e não agrave o seu quadro anêmico.

O que é Diálise Peritonial?

Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue.

Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas, e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua, e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua.
Este mesmo tipo de tratamento pode ser feito por uma máquina chamada cicladora, onde a infusão e drenagem do líquido é feito automaticamente pela máquina, durante o período da noite.

Informações sobre Transplante Renal

É um método de terapia substutiva renal, cuja sobrevida dos pacientes é maior e melhor que dos pacientes em diálise.

Necessita do uso de medicamentos imunossupressores para o resto da vida, para evitar rejeições, porém reduzem a imunidade do paciente, sendo mais susceptíveis a infecções e neoplasias. Por isso, o acompanhamento e a adesão ao tratamento pós-trasnplante são fundamentais.

Pode ser com doador vivo ou falecido. É necessária uma avaliação rigorosa, pré-transplante, tanto do receptor, como do doador, para evitar complicações, que vão desde o ato cirúrgico até rejeições graves, culminando com aa perda do órgão recebido.

As contra-indicações absolutas são: pacientes com neoplasia maligna não tratada ou já tratada com menos de dois anos de seguimento; pacientes portadores de doença pulmonar crônica avanaçada, portadores de doença cardíaca grave sem indicação de tratamento cirúrgico ou intervencionista; pacientes portadores de vasculopatia periférica grave, com sinais clínicos evidentes de insuficiência vascular periférica, com exame doppler mostrando lesões graves em artérias ilíacas; portadores de cirrose hepática avançada (nesse caso, considerar transplante duplo de fígado e rim).

A avaliação imunológica pré-translante compreende os seguintes exames: determinação do grupo sanguíneo ABO, prova cruzada ou croosmatch, avaliação da reatividade contra painel e tipificação do HLA do receptor e de seus possíveis doadores. Tudo isso visa possibilitar a menor chance de rejeição.

Sistema HLA: é uma sigla que significa Antígeno de Histocompatibilidade. É como a carteira de identidade imunológica do doador e receptor.

Prova Cruzada – Croos Match: é o teste imunológico mais importante pré-translante. Define a presença de anticorpos pré-formados do receptor contra os antígenos HLA do doador. O resultado esperado para que o transplante possa ser realizado é o negativo. Este exame é o primeiro que deve ser realizado para averiguar a possibilidade do transplante e deve ser repetido na véspera da cirurgia, pois o resultado pode modificar, se o doador receber vacinas, transfusões de sangue ou apresentar alguma virose no período entre o primeiro exame e o transplante, podendo seu organismo formar anticorpos novos contra o antígeno do doador. Neste caso o transplante não poderá ser realizado.

Médicos

Cabe ao medico nefrologista informar o significado da perda da função renal e suas conseqüências clínicas, esclarecer sobre as vantagens e desvantagens de cada procedimento dialítico (hemodiálise ou diálise peritoneal), informar sobre a necessidade de acesso vascular, quase sempre implante de cateteres de curta permanência na urgência ou cateteres abdominais e posteriormente confecção de fístulas arterio-venosas, próteses ou cateteres de longa permanência.

É essencial esclarecer duvidas em relação à sintomatologia apresentada pelos pacientes e informar que a perda da função renal acontece na grande maioria das vezes de forma gradativa e assintomática decorrentes de patologias adversas, das quais não são adequadamente diagnosticadas e acompanhadas. Ocorre acumulo de toxinas que deveriam ser eliminadas diariamente gerando sinais e sintomas que só serão corrigidos com o inicio do tratamento dialítico, aderência ao tratamento, controle medicamentoso e dietético da doença de base e dieta adequada para renal crônico. Informar que a correção da sintomatologia acontece de forma gradual.

É primordial que todos os pacientes sejam acompanhados diariamente e todas as dúvidas pertinentes em relação ‘a doença e tratamento sejam sanados para uma melhor aderência ao tratamento proposto e encaminhados para outra especialidade caso haja necessidade.

Mensalmente são colhidos exames laboratoriais que avaliam a eficácia do tratamento. O médico nefrologista deve reportar os resultados aos pacientes ou ‘a família, prescrever medicamentos, orientar sobre os riscos do abuso alimentar e de líquidos, realizar exame físico (caso necessário solicitar exames complementares) afim de detectar intercorrências extradialíticas. É essencial a presença do médico nas dependências do setor de diálise do inicio ao fim, uma vez que, intercorrências interdialíticas são freqüentes e podem ser fatais se não ocorrer pronto atendimento.

Como posso prevenir a Doença Renal Crônica?

Os pacientes de risco, como diabéticos, hipertensos, dislipidêmicos devem ter em seus exames de rotina a pesquisa de proteínas na urina (que seria o primeiro indício de alteração renal), além de dosagem de creatinina e uréia, para avaliar função renal.

O controle pressórico e glicêmico também é fundamental, assim como controle do peso e da dislipidemia.

Pacientes com história familiar de doença renal também devem fazer exames de rotina, assim como pacientes portadores de doenças sistêmicas que sabidamente comprometem os rins, como o lúpus.

Evitar excesso de sal nos alimentos, assim como o tabagismo; adotar atividade física regular, hidratar-se adequadamente, são hábitos saudáveis e que contribuem para a prevenção da DRC e consequentemente das doenças cardiovasculares, que são a maior causa de mortalidade entre os portadores de DRC.

Quais são os benefícios da seguridade social que o governo oferece ao paciente?

Auxilio Doença:

Como conseguir o Auxílio Doença da Previdência Social?

O paciente em programa de hemodiálise que é segurado do INSS, ou seja, contribuiu por mais de doze meses para a Previdência Social, necessita dar entrada no benefício Auxílio Doença.

É preciso reunir alguns documentos como: laudo do médico nefrologista que o acompanha, a carteira de trabalho e previdência social ou carnê de recolhimento para o trabalhador autônomo, registro de identidade (RG), CPF, e requerimento em formulário do INSS. Visite o site da previdência social: www.previdencia.gov.br

Onde a documentação deve ser entregue?

A documentação deve ser entregue no posto do INSS mais próximo da residência, pelo paciente ou seu procurador. Após a entrega o segurado recebe um protocolo com a data que será realizada a perícia médica. A concessão do benefício depende do resultado da perícia médica, que durante o gozo do benefício pode ocorrer a critério do INSS.

Para o segurado que não recebe auxílio-doença:

Para o segurado empregado a partir do 16º dia de afastamento da atividade ou
partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias.

Para os demais segurados a partir da data do início da incapacidade ou; a partir da data da entrada do requerimento, quando requerido após o 30º dia do afastamento da atividade.

Caso o INSS tenha ciência da internação hospitalar ou do tratamento ambulatorial, avaliado pela perícia médica, a aposentadoria começa ser paga no 16º do afastamento da atividade ou na data do início da incapacidade, independentemente da data do requerimento.

Quando esse benefício deixa de ser pago?

– Quando o segurado recupera a capacidade para o trabalho;
– Quando o segurado volta voluntariamente ao trabalho;
– Quando o segurado solicita e tem a concordância da perícia médica do INSS.

Qual a renda mensal do benefício?

O valor da aposentadoria por invalidez é 100% do salário de benefício, caso o segurado não estivesse recebendo auxílio-doença.

Qual o valor do salário-de-benefício?

Para os inscritos até 28/11/99 – o salário de benefício corresponderá à média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente, a partir do mês 07/94.
Para os inscritos a partir de 29/11/99 – o salário de benefício corresponderá à média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo.
Para o segurado especial que não tenha optado por contribuir o valor será de um salário mínimo.

Se o segurado necessitar de assistência permanente de outra pessoa, a critério da perícia médica, o valor da aposentadoria por invalidez será aumentado em 25% a partir da data de sua solicitação.

Aposentadoria por Invalidez

Quem tem direito a Aposentadoria por Invalidez da Previdência Social?

Segurados acometidos de síndrome da deficiência imunológica adquirida ? AIDS , alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação por radiação, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), doença de Parkinson, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, fibrose cística, hanseníase, hepatopatia grave, nefropatia grave, neoplasia maligna, tuberculose ativa e paralisia irreversível e incapacitante ou, com base em conclusão da medicina especializada, terá direito ao benefício, independente do pagamento de 12 contribuições, desde que tenha a qualidade de segurado.
A comprovação da doença é feita por meio de laudo pericial emitido por serviço médico da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

Como conseguir a Aposentadoria por Invalidez da Previdência Social?

Segue os mesmos critérios do benefício Auxílio Doença, e é concedida ao segurado que pode estar ou não em gozo do auxílio-doença, estando o paciente incapacitado de retornar as suas atividades remuneradas.

Não é concedida aposentadoria por invalidez ao segurado que, se ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, já era portador da doença ou da lesão que geraria o benefício, salvo quando a incapacidade decorreu de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. O segurado que estiver recebendo aposentadoria por invalidez, independente da idade, está obrigado a se submeter à perícia médica do INSS de dois em dois anos.

Qual a carência exigida?

Em caso de aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, o INSS não exige carência; no caso de aposentadoria por invalidez decorrente de outras causas, a carência é de 12 contribuições mensais.

Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas depois que, a partir da nova filiação à Previdência Social, o segurado comprovar, no mínimo 04 contribuições (1/3) que somadas as anteriores totalize 12 contribuições.

Quando a aposentadoria por invalidez começa a ser paga?

Se o segurado estiver recebendo auxílio-doença, a aposentadoria por invalidez começará a ser paga a contar do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença.

Isenção do Imposto de Renda

Quem tem direito a isenção do Imposto de Renda?

Segurados acometidos de síndrome da deficiência imunológica adquirida ? AIDS , alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação por radiação, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), doença de Parkinson, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, fibrose cística, hanseníase, hepatopatia grave, nefropatia grave, neoplasia maligna, tuberculose ativa e paralisia irreversível e incapacitante . A comprovação da doença é feita por meio de laudo pericial emitido por serviço médico da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

Quem tem direito ao FGTS?

Tem direito a este benefício todos os trabalhadores regidos pela CLT a partir de 05/10/88, também os trabalhadores rurais, os temporários, os avulsos, os safreiros e os atletas profissionais.

Quais são as possibilidades de saque do FGTS?

– Demissão sem justa causa;
– Aposentadoria;
– Término de contrato;
– Suspensão do trabalho avulso:
– Falecimento do trabalhador;
– Necessidade pessoal urgente e grave, decorrente de desastre natural causado por inundações, etc, atingindo a casa do trabalhador;
– Ter o titular da conta vinculada idade igual ou superior a 70 anos;
– Quando o trabalhador ou o seu dependente estiver em estágio terminal, em razão de doença grave e possuir conta cujo saldo seja decorrente do complemento dos planos econômicos, quando formalizada a adesão até 30/12/2003;
– Quando o trabalhador ou o seu dependente for portador do vírus HIV;
– Quando o trabalhador ou o seu dependente for acometido de neoplasia maligna (câncer).

Dicas de Enfermagem

Cuidados com a fístula:

O acesso vascular FAV da hemodiálise é a linha da vida do paciente, portanto, são necessários cuidados para sua preservação e manutenção. Uma fístula bem cuidada pode durar anos!!!

Siga os cuidados e orientações abaixo:

Manter o local sempre limpo, lavando sempre com água e sabonete. Isto evita infecções que podem inutilizar a fístula. Qualquer sinal de inchaço e/ou vermelhidão deve ser comunicado imediatamente ao médico ou à equipe de enfermagem.

Faça exercícios com a mão e o braço onde está localizada a fístula, isto faz com que os músculos do braço ajudem no amadurecimento da fístula.

Evite carregar pesos ou dormir sobre o membro da FAV, pois a pressão sobre ela pode interromper seu fluxo.

Não usar relógios e roupas apertadas que restrinjam o movimento e podem provocar traumas na FAV.
Não permita a retirada de sangue ou uso de medicamentos nas veias no braço da fístula, a não ser que seu médico autorize. As retiradas de sangue podem criar coágulos no interior do vaso e interromper seu fluxo e os medicamentos podem irritar as paredes das veias.

Não permita as verificações de pressão no braço onde esta localizada a fístula, pois o fluxo de sangue pode ser interrompido.

Caso aconteçam hematomas (manchas roxas) após uma punção, use compressas de gelo no dia, e água morna nos dias seguintes, conforme a recomendação médica ou da enfermagem.

É sempre bom evitar as punções repetidas em um mesmo local da fístula, para que não se formem cicatrizes que dificultam as próximas punções.

Tenha o hábito de palpar seu pulso na região da fístula para sentir o fluxo de sangue passando. Caso perceba que o fluxo está muito fraco, diferente do costumeiro ou que parou completamente, procure auxilio médico imediatamente, pois este é um sinal de mau funcionamento ou perda da fístula.

Cuidados com o cateter:

O cateter da hemodiálise é uma via de acesso vascular temporária, enquanto se espera o amadurecimento da fístula arteriovenosa. Portanto, são necessários cuidados para sua preservação e manutenção.
Siga os cuidados e orientações abaixo:
– Não molhe o curativo, se isto ocorrer, procure a unidade de diálise e peça para refazer o seu curativo. O curativo molhado pode propiciar infecção;
– Não dormir do lado do cateter;
– Não tracionar ou dobrar o cateter;
– Se o cateter apresentar sangramento, procure a unidade de diálise imediatamente;
– Não usar o cateter fora da unidade, somente profissionais capacitados podem ter acesso as vias do cateter.

Problemas durante a hemodiálise:

É bastante comum sentir cãibras musculares e queda rápida da pressão arterial (hipotensão) durante a sessão de hemodiálise. Esses problemas acontecem, principalmente, em conseqüência das mudanças rápidas no equilíbrio dos líquidos e do sódio. A hipotensão pode fazer com que você sinta fraqueza, tonturas, enjôos ou mesmo vômitos. Você poderá evitar muitas complicações se seguir à dieta recomendada, tomar poucos líquidos e tomar seus remédios nos horários corretos.

Durante a sessão de hemodiálise, o médico ou a equipe de enfermagem deve ser comunicado caso você não esteja se sentindo bem, para que receba o tratamento necessário rapidamente.

O que é peso seco?

O peso seco é o seu peso ideal, com o qual você deve estar sentindo-se bem, sem inchaços, com pressão arterial normal. Este peso deve ser atingido ao término de cada sessão de hemodiálise. Quando se ingere muita água ou outros líquidos entre as sessões de hemodiálise, o seu peso pode ficar muito acima do peso seco e, além do inchaço, você pode sofrer intensa falta de ar, antes de chegar o momento de uma nova diálise. Para perder todo o peso durante a sessão você estará sujeito a cãibras, queda acentuada da pressão arterial, náuseas, vômitos e mal estar.
Você se sentirá bem melhor se seguir à risca as determinações de seu médico quanto ao seu peso ideal.

Assistência Social na Hemodiálise

O Assistente Social atua na equipe multiprofissional do serviço de hemodiálise, objetivando uma ação interventiva, pautada no compromisso ético-político, teórico-metodológico e técnico operativo do Serviço Social.

Dessa forma, a ação profissional é permeada pelo atendimento integral ao paciente portador de Insuficiência Renal Crônica em programa de hemodiálise, visando à garantia da melhoria da qualidade de vida.

Essa prática se constitui no acolhimento do paciente com Insuficiência Renal Crônica e seus familiares frente ao contexto da situação doença como processo social, no acompanhamento no sentido de enfrentar esse processo de mudança da realidade na qual se insere e na viabilidade de ampliação de seus direitos e efetivação da cidadania.

Destacamos ainda como atribuições do assistente social o papel de proporcionar a equipe de trabalho os aspectos sociais do paciente para haver melhor condução nas intervenções profissionais; em elaborar o perfil socioeconômico do paciente com IRC; auxiliar no encaminhamento de medicamentos através de processos encaminhados a Secretaria Estadual de Saúde; realizar visitas domiciliares; encaminhamento a rede de serviços para acessar recursos assistenciais como suporte social; e planejar intervenções educativas.

Psicologia na Hemodiálise

Os pacientes renais crônicos, quando submetido ao tratamento de hemodiálise, vivenciam diversas perdas e modificações em suas vidas, que, normalmente, geram sofrimento psíquico.

Costuma ocorrer uma sucessão de profundas mudanças nas atividades de rotina do paciente, envolvendo transformações na vida pessoal, profissional e social. Além disso, o modo como a doença se manifesta, a aceitação da mesma, sua condição crônica, as mudanças de hábitos necessárias para alguns pacientes e as perdas sofridas em decorrência da doença e do tratamento são algumas das situações que podem desencadear sentimentos de desamparo, impotência, ansiedade, desesperança, tristeza, entre outros.

A atuação do psicólogo, nesse contexto, busca minimizar esses sentimentos, auxiliando na adaptação do paciente e de seus familiares ao tratamento, bem como as transformações vividas.
Outro objetivo do acompanhamento psicológico junto aos pacientes renais crônicos é estimular a aquisição de uma nova percepção da sua condição, incentivando a busca de estratégias de enfrentamento da situação que resgatem o bem-estar e promovam melhor qualidade de vida.
Atualmente na Clínica Nefrocor, o acompanhamento psicológico é feito durante as sessões de hemodiálise e em atendimentos individuais, sendo que quando necessário, são incluídos os familiares dos pacientes nos atendimentos.

A proposta de trabalho interdisciplinar presente na Clínica Nefrocor, favorece a adaptação ao tratamento e busca contemplar as diversas necessidades dos pacientes renais crônicos.

Nutrição na Hemodiálise e Dicas Nutricionais

A alimentação de pacientes em hemodiálise precisa ser equilibrada e adequada, assim como de pessoas saudáveis, porém, alguns cuidados devem ser tomados.

Na doença renal, existe uma perda total ou parcial das funções dos rins, onde não é possível eliminar pela urina os excessos de toxinas e outras substâncias que são provenientes principalmente da alimentação, podendo desta forma acumular-se no sangue. Sendo assim, o cuidado com a ingestão principalmente de potássio, fósforo, sal e líquidos se faz necessário.

O nutricionista pode auxiliar o paciente e seus familiares/cuidadores através da elaboração de um plano alimentar individualizado de acordo com as necessidades nutricionais, hábitos e preferências alimentares.

O cuidado com a alimentação é fundamental no sucesso do tratamento, sendo tão importante quanto os medicamentos para a melhor qualidade de vida dos pacientes renais crônicos.

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